10 julho 2010

Tratamento na China – Primeira parte

hospital de transplante de célula tronco em Begin na china
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Diversas vezes iniciei um texto objetivando postá-lo nesse blog e outras tantas os apaguei por não ter a certeza de estar certo, afinal essa experiência não é qualquer uma, esconde-se por detrás dessa viagem muitas lutas, algumas vencidas outras nem tanto, algumas dores, muitas lágrimas e sustos, sonhos sem fim, tantas coisas que tenho receio de esquecer algumas delas.

 Agora mais do que nunca acredito que acertamos e, para nós, tratava-se de um grande e arriscado passo, pois diversos cientistas e pesquisadores ai no Brasil, além dos médicos, nos diziam que os procedimentos aqui na China eram experimentais e alguns até disseram que era “um negócio da China”, pejorativamente, referindo-se a cobrança pelo tratamento. Entretanto, sabemos que a origem dessa expressão é que se trata de um bom negócio para ambas as partes, melhor para os expedicionários ocidentais que iam à China comprar barato e vender caro, parceria foi a realidade que encontramos aqui, pois não viemos comprar nada, viemos em busca de esperança, compreensão e melhorias na qualidade vida.


Como podem ver nesse relato, essa decisão teve suporte em situações já vividas por uma família amiga, que em desespero vieram sozinhos para cá e voltaram vencedores com seu filho Victor, (portador de Moyamoya - (http://www.unistemcells.com/en/patientstory/Moyamoya073849452.htm) totalmente recuperado após tratar-se no Wu Medical, tendo sido desenganado aqui no Brasil) Também quero reportar-me a uma situação bem singular, que apressou nossa decisão, que foi-nos dito por um médico da área de pesquisas no Instituto Genoma da USP: “Tratamento com células-tronco não é para a geração de seu filho.”


Em que pese algumas pessoas menos informadas acharem que viemos para cá enganados, esclareço que nada disso ocorreu, é claro que muitos achavam que o idioma seria um empecilho nas comunicações, não foi, falam inglês como todos e assim foi-nos esclarecido como o tratamento seria feito, qual o tipo de células-tronco seriam utilizadas, onde, quantas e como seriam as induções, quanto custaria e detalharam o custo, de medicamentos, fisioterapias, massagens, alimentação e hospedagem para o paciente e seus acompanhantes.
bandeiras de begin e china

Chegamos a Beijing e já nos esperávamos no maravilhoso aeroporto internacional a assistente social do hospital e o condutor do veículo adaptado ao transporte. Depois de 22 horas de vôo e oito em espera de conexão em Frankfurt/Alemanha, estávamos a caminho de nosso destino e do momento crucial onde as nossas verdades e mentiras de outrem seriam testadas e postas a prova e lá chegando deparamos com exatamente o que tínhamos visto nos folders e site do Wu Medical Center (http://www.unistemcells.com/) , aliás, era muito mais, pois aqueles não detalham a alegria e simpatia que nos receberam.


Sem dúvida a princípio se tem uma leve preocupação, logo a ansiedade e a expectativa de poder submeter nosso filho a um tratamento único no mundo, na China, se diluem e sentimos a sensação de cumprimento de etapa e uma alegria imensa por já termos conseguido chegar e estarmos prestes a ver o início da concretização de nossos sonhos. Inicio imediato, pois, de pronto, fomos levados ao apartamento e após nos acomodarem iniciaram a bateria de exames em nosso filho. A realização do sonho havia começado.


Faremos uma narrativa em duas partes ou três se necessário, não para provocar ansiedade e expectativa e sim porque a última indução ocorreu hoje (06/07) e novos resultados ainda aparecerão. Assim poderemos melhor detalhar situações positivas que os negociadores da saúde brasileira teimam em esconder, pois nós acreditamos que o uso de células-tronco, secretamente, ai no Brasil é um fato, desconhecemos, porém, os resultados. Também para que outras pessoas ou familiares portadores de patologias aqui tratadas possam interagir e saber dos resultados conseguidos e, com informações reais de quem lá esteve, tomem suas decisões.

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Um comentário:

  1. Prezados amigos:
    Ontem tive a oportunidade de ler esse depoimento, e gostaria de saber mais informações sobre a recuperação do Kleber.Sou portador de ELA, e penso da mesma forma que vcs, acho que não há tempo a perder. Se o benefício está disponivel, precisamos lançar mão dele "ontem"!!!

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