14 maio 2010

Para renovar as esperanças (tratamento com células-tronco)


(Texto resumido) (27/03/2008)
Vítima de acidente, Renato Cafundó é também o primeiro do País a receber substâncias contra rejeição de transplante.
O enfermeiro Gilço Lima Souza, de 60 anos. Primo de Renato Cafundó, há muito vê o parente — com 42 anos — mover mundo e fundos para amenizar sua paraplegia, conseqüência de um acidente automobilístico em janeiro de 2006. E, nessa busca, Cafundó fez jus ao sobrenome. Se mandou para Pequim, na distante China. Fez ouvidos moucos às opiniões de seus médicos no Brasil. Mesmo em cadeira de rodas, driblou quem o chamava de louco pelo que ia fazer. Veio, viu e aceitou ser o primeiro brasileiro a se submeter, em 11 de março, a um tratamento especial com células-tronco e neurais, desenvolvido por chineses. Por quê?


“Quero voltar a andar, né?, meu amigo”, respondeu na entrevista exclusiva à agência chinesa de notícias Xinhua. Cafundó falou com voz e olhar decididos. Ao mesmo tempo, deu um leve tapa na almofada que tinha na cama em que estava no Hospital Xishan. Passou a impressão de querer dizer algo como “o que você faria se estivesse no meu lugar e encontrasse uma esperança?”.


Onze meses depois, assistia a um médico chinês apresentar um tratamento para melhorar a qualidade de vida daqueles que lesionaram a medula espinhal cervical. O método também é dirigido a pessoas com doenças degenerativas e que tiveram os movimentos de braços e pernas afetados. O especialista mostrava uma vítima dessas enfermidades, que havia deixado de andar. E dois dias após receber o implante, conseguia voltar a dar alguns passos.
 No Oriente
 Ah, mas pensa que foi só tomar o avião, vir para Pequim e entrar na sala de cirurgia? Nada disso.
A primeira foi a da língua. Descobriram que seus interlocutores chineses, além do mandarim, só falavam inglês, como o italiano Onofore Domenico. Este, que acompanha a mãe no mesmo hospital, fez as vezes de intérprete porque domina o espanhol. A propósito, mamma Domenico é mais uma das muitas estrangeiras vindas dos quatro cantos do mundo em busca de uma esperança no território chinês, único lugar onde está liberado o uso de células-tronco para implante em seres humanos.
 Clipping Eletrônico - Departamento de Comunicação Social - PUC-Campinas (Foto ilustrativa)


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